segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A mulher da minha vida.

    Lembro como se fosse hoje, eu tinha 16 anos e ela 13... Eu estava na porta de uma Boate quando encontrei com um amigo acompanhado de duas meninas, foi meio que paixão à primeira vista. Fiquei eufórico ao conhecer aquela menina linda, bem magrinha e apesar dos meus esforços, não ficamos naquela noite.
    O tempo foi passando e nós passamos a nos encontrar sempre nas festinhas. Sempre que nos víamos, nós ficávamos, sempre foi uma atração muito forte. Ainda era um namorinho infantil, com o passar dos tempos, foram muitas idas e vindas e ela sem saber quem era realmente aquele rapaz pelo qual havia se apaixonado.
   Com o decorrer de uns anos, o namoro se tornou mais sério e eu resolvi contar à ela, já que irámos namoras sério, ela precisava saber quem eu era. Foi quando resolvi contar que era usuário de maconha e que não estava interessado em parar e que se quisesse algo sério comigo, ela deveria me aceitar daquela forma.
    Em meio a mais algumas idas e vindas, ficamos noivos, eu já estava com 23 anos, e já era totalmente dependente do álcool e já cheirava cocaína com uma certa frequência. O casamento ocorreu no ano seguinte, como várias promessas minhas de mudança de vida, pois, ela já me cobrava uma postura diferente, de homem e não mais de menino, mas como sempre eu prometi várias coisas que eu tinha certeza que não cumpriria.
    Um fato que marcou muito minha vida e que fez com que eu realmente me perdesse e me entregasse às drogas, foi a morte do meu irmão mais velho, que era praticamente tudo o que eu queria ser, era uma pessoa muito importante na minha vida. A morte dele se deu menos de um ano antes do meu casamento. Mas a história da morte dele precisa de mais espaço e eu vou contar para vocês em uma outra ocasião.......
   De volta ao casamento.... Tivemos alguns bons momentos juntos, mas sempre que as coisas estavam bem, eu tinha que fazer algo para estragar. As discussões eram frequentes porque a cada dia que passava eu bebia mais e não percebia que minha dependência só aumentava. Eu me encontrava na fase da negação e sempre que era questionado sobre a bebida, as respostas já estavam na ponta da língua..... Eu controlo minha bebida, bebo com o meu dinheiro, ninguém tem nada a ver com a minha vida, na hora que eu quiser eu paro.... E assim eu justificava todos os meus erros. O que as pessoas que me cercavam não sabiam era que eu já estava cheirando cocaína com uma frequência muito grande, pois, essa era a forma que eu havia encontrado para esquecer os problemas, fugir das minhas responsabilidades e não sentir a perda do meu irmão.
     Com alguns anos de casamento, o vício me dominava totalmente e eu já virava noites na rua, com meus "amigos" e tudo o que me importava era garantir a minha satisfação pessoal, com isso, vieram as traições, os problemas financeiros, as trocas do dia pela noite, as desconfianças e muitas brigas.
     A situação ficou pior no dia em que minha esposa achou uma sacolinha cheia de cocaína no meu carro. Apesar dela já desconfiar, foi a primeira vez que ela viu e me colocou contra a parede, com isso, ela passou a me cobrar uma atitude diferente. Mais uma vez eu prometi que isso não iria se repetir, é claro que era mentira.
    Vou ficar por aqui, porque os relatos que virão amanhã não serão fáceis para mim, peço que entendam, tenho que me preparar psicologicamente, porque vou contar à vocês tudo o que fiz de pior para mim e para minha família.
    Tenham todos uma ótima noite e até amanhã..... Um grande abraço!
   
   

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